A prefeitura de Cláudio (MG), por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), em parceria com a Associação Brasileira de Educação Cívico Militar (ABEMIL), realizou uma audiência pública na noite da última quinta-feira (18) com a finalidade de discutir a possível implantação de uma Escola Cívico-Militar no município. O encontro aconteceu na quadra da Escola Municipal Dr. Wilson Veado e contou com a presença da comunidade, profissionais da educação, pais e autoridades.
Participaram da audiência, o prefeito Reginaldo Freitas; o Vice-Prefeito Geraldinho do Inácio; a Secretária de Educação do município, Geny de Melo; representantes do Exército Brasileiro e ABEMIL, além do presidente da Câmara Tim Maritaca; e os vereadores Maurilo, Julinho, Marcos Paulo, Sargento Moisés, Darley Lopes, Kedo Tolentino e Simental. O prefeito de Dores do Indaiá, acompanhado de um vereador, veio até o evento para saber mais detalhes da escola militar.
O Comandante da PM de Cláudio, tenente André Luís de Sousa Gomes, e o Comandante da Polícia Civil, delegado Matheus Peu Faria também estiveram na audiência que seguiu com medidas restritivas de biossegurança em razão da Covid-19.
O pastor Tiago Farley realizou a abertura da audiência com a celebração de uma oração ecumênica. “Sob a mesma proteção de Deus prevista na Constituição Federal, pedimos a Ele que olhe para este importante projeto para nossa comunidade”, disse.
Os palestrantes do 18º Simpósio e Audiência Pública foram os Capitães R/1 Davi Sousa e Silvio Aragão, junto da professora Anita Angélica. O evento contou também com a participação do Coordenador da Abemil-MG, Laureni Kelma Costa. “A escola não é só feita de prédio, ela é feita de pessoas. Temos um corpo docente de professores de primeira, o nosso IDEB é acima das médias do país. A nossa proposta não significa que não estamos ruins, pelo contrário, podemos ficar ainda melhores”, destacou Geny.
Os oficiais da ABEMIL explanaram a respeito do funcionamento do ensino cívico-militar, sobre sua importância e as transformações que o sistema oferece, dando exemplos de projetos já realizados, e esclarecendo as dúvidas das professoras e demais pessoas presentes. O modelo que deve ser desenvolvido em Cláudio (MG) é o mesmo já aplicado em outras escolas pelo país.
“O projeto é para trazer um tripé entre família, professores e aluno. É trabalhar o civismo e o patriotismo. Não é militarizar os alunos, mas trabalhar a disciplina e fazer com que o professor seja a autoridade máxima na sala de aula”, disse o capitão Davi.
Segundo a Abemil, não se trata de militarização da escola ou dos alunos, mas, sim, do resgate de conceitos cívicos e do respeito às autoridades e instituições.
“Cláudio não só será conhecida na região, mas a nível de estado e do país, depois da implantação do Colégio Cívico Militar. É uma alegria, ao lado da guerreira, Geny, que muito tem se empenhado a este projeto”, citou Reginaldo Freitas.
A ABEMIL – Associação Brasileira de Educação Cívico-Militar - é uma instituição jurídica de direito privado, constituída da forma de Sociedade Civil de Fins Não Lucrativos, cujo maior objetivo é proporcionar a Orientação Técnica para as Escolas Públicas e Privadas na Implantação de Escolas Cívico Militares.
As Escolas Cívico-Militares, amparadas pelo Decreto Federal n°10.004, têm como propósito a promoção da melhoria da qualidade de ensino e a formação de futuros cidadãos, através da integração de atividades voltadas para a formação cívica e disciplinar, contribuindo sobremaneira para que os professores possam se dedicar exclusivamente à orientação pedagógica.
O projeto ainda será levado para avaliação na Câmara dos Vereadores e consulta pública ampla.
Os militares auxiliam na organização das atividades extra curriculares, desonerando os professores destas e otimizando o tempo do aprendizado escolar. Com isto, ganham os professores, os alunos e, por assim dizer, os pais e a sociedade como um todo.
